Os Estados Unidos estão a responder com “urgência” ao desafio da crise climática, garantiu Joe Biden na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), a decorrer em Sharm El-Sheikh, no Egito.
Joe Biden discursou, esta sexta-feira, sobre o plano de ação dos Estados Unidos de combate às alterações climáticas diante representantes de quase 200 países, na COP27. Depois de não ter estado presente na cúpula de líderes devido às eleições intercalares norte-americanas, o presidente norte-americano visitou a cimeira no dia de trabalhos em torno da descarbonização.
“A crise climática é sobre segurança humana, económica, ambiental e nacional, bem como a própria vida do planeta”, declarou Joe Biden, neste sexto dia da COP27. O presidente norte-americano garantiu que os Estados Unidos estão a responder com “urgência” ao desafio da crise climática para cumprirem as próprias metas voluntárias de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE). O objetivo é cortar 50-52% das emissões, abaixo dos níveis de 2005, até 2030. “Os Estados Unidos vão cumprir as nossas metas”, garante. Sendo o segundo país mais poluente do mundo, a contribuição dos Estados Unidos para a redução de GEE é considerada importante.
No seu discurso, Joe Biden relembrou que, desde que assumiu o cargo, em 2021, os Estados Unidos voltaram a juntar-se ao Acordo de Paris, aprovado em 2015. Recorde-se que, durante a administração de Donald Trump, o país tinha abandonado formalmente o tratado que visa limitar o aumento do aquecimento global a menos de 1,5ºC.
Segundo o presidente norte-americano, nos últimos dois anos os Estados Unidos fizeram “progressos sem antecedentes” ao atualizar a rede elétrica, expandir os transportes públicos e a ferrovia, bem como ao construir de estações de carregamento de veículos elétricos. “Neste verão o congresso aprovou a maior e mais importante lei climática da história do nosso país, a lei de redução da inflação”, apontou.
Biden anunciou um novo apoio de 100 milhões de dólares destinado a sistemas de alerta precoce nos países africanos para a sua adaptação aos fenómenos extremos decorrentes das alterações climáticas, para fortalecer a segurança alimentar e apoiar a transição para energias renováveis em todo o continente africano.
O presidente norte-americano defendeu que todas as nações precisam de “escalar” as suas ambições no corte de emissões. “É um dever e responsabilidade da liderança global. Os países que estão em posição de ajudar devem apoiar os países em desenvolvimento para que estes possam tomar decisões climáticas decisivas”, advertiu.
Termina assim a curta presença de Joe Biden na COP27. O presidente norte-americano segue visita para o Bali, na Indonésia, onde decorrerá a cimeira do G20 na próxima semana.