Ex-governante já reuniu apoio de 42 deputados para entrar na corrida à liderança dos Tories
Após a demissão da ainda primeira-ministra Liz Truss, com apenas 45 dias no cargo, Boris Johnson é agora apontado como um dos possíveis candidatos ao cargo, já tendo reunido, segundo a BBC, o apoio de 42 deputados da Câmara dos Comuns. O ex-primeiro-ministro necessita de pelo menos 100 parlamentares para entrar na corrida. Penny Mordaunt, líder da Câmara dos Comuns, foi a única a anunciar a candidatura oficial para a liderança dos Tories e do Governo.
Apesar de ainda não haver uma declaração oficial por parte de Boris Johnson, o deputado James Duddridge, em declarações à agência AP, alega ter recebido uma mensagem do ex-primeiro-ministro em que este diz estar a regressar das férias nas Caraíbas para se juntar à corrida.
De acordo com uma sondagem da Oddschecker, publicada pelo The Guardian, Rishi Sunak, que também ainda não oficializou a sua candidatura, conta com o apoio de 56% dos eleitores britânicos e Boris fica atrás com 43%. Penny Mordaunt soma apenas 12%.
Um outro inquérito, realizado pela Opinium, divulgado pelo mesmo jornal, apresenta três cenários possíveis entre os três alegados candidatos, Rishi Sunak, Boris Johnson e Penny Mordant, nos quais Sunak sairia sempre vencedor.
Ben Wallace, atual ministro da Defesa, era também um dos nomes considerados. Esta sexta-feira deixou uma mensagem no Twitter , na qual negou as suposições: “Num momento em que o partido inicia o processo de busca de um novo líder, eu gostaria de deixar registado que não deixarei que o meu nome seja avançado como candidato”. Citado pelo The Guardian, Wallace revelou encontrar-se “inclinado para Boris Johnson”.
De acordo com a BBC, Rishi Sunak conta já com o apoio de 83 deputados, Johnson de 42 e Penny Mordaunt de apenas 21. Todos os candidatos deverão obter o apoio de 100 parlamentares até segunda-feira.
“Estou a concorrer”
“Fui encorajada pelo apoio dos meus colegas que querem um novo começo, um partido unido e uma liderança focada no interesse nacional. Estou a concorrer para líder do Partido dos Conservadores e para ser a vossa Primeira-Ministra – para unir o nosso país, cumprir as nossas promessas e vencer as próximas eleições gerais”, anunciou Mordaunt no Twitter.