Empresa de aeronáutica registou perdas de 600 milhões de euros, na sequência do contrato para a construção dos aviões do presidente do EUA, em 2018.
O diretor geral da Boeing, Dave Calhoun, afirmou que a companhia não devia ter concordado com os termos do contrato assinado há quatro anos com Donald Trump, tendo revelado que os custos da derrapagem financeira fizeram-se sentir com um prejuízo de 600 milhões no primeiro trimestre de 2022.
Embora não tenha mencionado diretamente o ex-presidente dos Estados Unidos, Calhoun definiu o contrato de 3,5 mil milhões de euros, rubricado em 2018, para a construção e desenvolvimento de dois aviões para a Casa Branca, como uma “negociação muito peculiar”, que a Boeing “não devia ter assinado”.
“Estamos onde estamos, vamos entregar dois grandes aviões e vamos assumir os custos associados”, acrescentou o CEO da Boeing. Recorde-se que Trump esteve diretamente envolvido na negociação, tendo afirmado em 2017 que a compra dos novos Air Force One iria custar menos mil milhões do que o inicialmente previsto.