O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi absolvido de tentar silenciar mulheres sobre festas privadas porque não se investigou em fase anterior e com as devidas garantias processuais, segundo a explicação da sentença divulgada esta terça-feira.
O magnata de 86 anos estava acusado de crime de corrupção por alegadamente ter pago pelo silêncio das participantes nas suas festas “bunga bunga”, na sua casa em Arcore, perto de Milão, 28 das quais foram indiciadas por perjúrio e também já foram absolvidas em fevereiro, no julgamento conhecido como caso Ruby.
O caso foi um dos vários decorrentes de alegações de que Berlusconi pagou por sexo com a dançarina adolescente marroquina, Karima El Mahroug, apelidada de Ruby the Heartstealer, quando era menor de idade.
O líder do Forza Italia também foi absolvido no caso original, já que os juízes decidiram que não podia saber que a adolescente era menor de idade.
Na explicação hoje publicada, os juízes relataram haver indícios de que Berlusconi tinha pago grandes quantias de dinheiro a El Mahroug um ano antes do julgamento original.
No entanto, o fato de não terem havido investigação dos jovens por suposta corrupção e ouvidos como testemunhas na época, em essência, anulou as acusações, pois não podiam ser testemunhas, segundo a explicação da sentença.
Um recurso das absolvições está a ser avaliado, baseada no facto de julgamentos anteriores do caso terem sido contraditórios.
Os advogados de Berlusconi negaram que tivesse sido absolvido por um tecnicismo, justificando que os seus argumentos foram totalmente justificados.
