Um cidadão saudita foi executado na Arábia Saudita depois de ter sido condenado à morte por “espionagem com um Estado inimigo” e contrabando de armas, elevando para 23 o número de execuções realizadas no país este ano.
“Foi executada a pena de morte contra um criminoso condenado por espionagem com um Estado inimigo, ter saído do reino de forma ilegal e se ter reunido num dos campos desse país, onde treinou com armas e explosivos”, referiu o Ministério do Interior saudita num comunicado divulgado no Twitter.
O comunicado, traduzido pela agência noticiosa Efe, não especifica qual o “Estado inimigo” a que se refere nem indica as datas dos acontecimentos ou detalhes do julgamento, dizendo apenas que a execução decorreu “na zona oriental” da Arábia Saudita.
O documento acrescenta que o homem, que identifica como Ahmed bem Ali al-Badr, regressou ao reino e “contrabandeou objetos e armas para receber treino militar e levar a cabo o seu plano terrorista para desestabilizar a segurança do país”.
Esta morte eleva para 23 o número de sauditas e residentes executados desde o início do ano, condenados principalmente por homicídio, tráfico de droga, sodomia ou terrorismo.
A Organização Euro-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR, em inglês) denunciou, no início de abril, que uma destas execuções foi a primeira em 14 anos durante o mês sagrado muçulmano do Ramadão, em que habitualmente não são executadas penas de morte e no qual dezenas de prisioneiros são perdoados.
Em 2022, o número total de execuções foi de 147, o que faz do reino árabe um dos Estados com maior número em todo o mundo, junto de China, Irão ou Egito.