Uma mulher de 64 anos vive no Cemitério Parque da Saudade, em Iguatu, interior do Ceará, no Brasil, há 21 anos. Desde há três meses que está sozinha após a morte do marido, mas garante que não tem “medo de quem morreu”.

Maria Trindade da Silva mudou-se para uma casa, no terreno do cemitério. Há três meses, perdeu o marido e, desde então, passa por dificuldades financeiras, conta o G1.

O seu companheiro Francisco era o coveiro do cemitério e morreu em abril devido a complicações de saúde devido à diabetes. 

“Já moro há 21 anos dentro deste cemitério. Vivi com meu marido e ele adoeceu, acabou por morrer e eu fiquei só. Vivo de doações e quero ir morar com a minha filha para o Rio Grande do Norte”, afirmou Maria ao portal brasileiro.

Antes de irem viver para o cemitério, ainda moraram em casas alugadas. Contudo, quando o marido começou a trabalhar no local, surgiu a ‘oportunidade’ de se mudarem para lá.

“Pensava que não ia dormir à noite. Imaginava que as almas vinham puxar os meus pés, mas nunca aconteceu e nunca vi nada que me assombrasse. Mas não tenho medo de quem morreu, tenho medo de quem está vivo”, relatou a mulher.

Atualmente vive sozinha no cemitério e sente-se sozinha, uma vez que, segundo ela, o marido “era a única pessoa que tinha na vida”.

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