“A minha solidariedade com o trabalhador da Carris Metropolitana hospitalizado, vítima de um ato totalmente injustificável”, lê-se numa publicação na conta oficial da coordenadora bloquista na rede social ‘X’ (antigo Twitter).

 

Mariana Mortágua acrescenta que “a urgente pacificação dos bairros não virá de apelos à violência e ao ódio, mas sim de garantias verdadeiras de justiça e igualdade perante a lei”.

O motorista do autocarro da Carris Metropolitana incendiado hoje de madrugada em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, ficou ferido e encontra-se em estado grave, disse fonte da empresa à Lusa.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados autocarros, automóveis e caixotes do lixo. Mais de uma dezena de pessoas foram detidas, dois polícias receberam tratamento hospitalar, havendo ainda alguns cidadãos feridos sem gravidade.

Estes desacatos têm sucedido após a morte de Odair Moniz, de 43 anos, que foi mortalmente baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora.

Segundo a PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria a isenta” para apurar “todas as responsabilidades”, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito urgente e também a PSP anunciou um inquérito interno, enquanto o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

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