No debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na Assembleia da República, André Ventura centrou parte da sua intervenção no tema dos tumultos que têm acontecido na sequência da morte de um homem baleado por um agente da PSP.
O líder do Chega afirmou que os elementos das forças de segurança “foram achincalhados por uma parte do país, da opinião pública e sobretudo achincalhados por uma parte da opinião publicada” e defendeu que “estes homens e mulheres estiveram do lado certo e estão do lado certo da história”.
André Ventura alegou também que o Governo não se reuniu com as polícias na sequência dos tumultos, mas apenas com representantes das comunidades.
“Temos um Governo do PSD, de centro-direita, que deveria perante a violência dar um sinal inequívoco ao país” de que está “ao lado da polícia, contra os bandidos”, salientou, considerando que fez “o contrário”.
Na resposta, o primeiro-ministro garantiu que o Governo “está em contacto permanente com as forças de segurança” e acusou Ventura de ter feito afirmações incorretas.
“O diretor nacional da PSP e o comandante-geral da GNR estiveram na mesma reunião” de terça-feira, corrigiu, indicando que o executivo deu uma “palavra de confiança e reconhecimento às forças de segurança”.
Luís Montenegro salientou também que a “primeira demonstração do reconhecimento e valorização destes profissionais foi tratar da valorização remuneratória e condições de motivação para o exercício da sua função”.
“E é assim que vai continuar a ser. Estamos a investir nas forças de segurança”, assinalou.
O primeiro-ministro defendeu também que “aqui não há nós e eles, não há polícias e não polícias, há portugueses”.
“Nós não estamos aqui para lançar o ódio de uns contra os outros, mas para juntar uns e outros, para dar condições de vida a todos, a todos e a todos”, indicou.
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