No decurso da reunião, agendada para terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros “vai informar o diplomata do seu desacordo” face a esta decisão, segundo uma mensagem publicada na rede social Telegram.

As agências noticiosas russas indicaram que em 17 de março, principal dia do voto, vão estar em funcionamento seis assembleias de voto para os 200.000 cidadãos russos que vivem na Transnístria. No decurso do anterior escrutínio presidencial, foram disponibilizadas 24 no total.

No entanto, Chisinau proibiu este ano a instalação de assembleias de voto fora da missão diplomática russa da capital e advertiu contra qualquer ação “contraprodutiva”.

Nas presidenciais do próximo domingo, o Presidente russo Vladimir Putin, sem efetivos opositores, deverá ser reeleito para um novo mandato de seis anos e reforçar a sua legitimidade, apesar das turbulências suscitadas pelo conflito contra a Ucrânia.

A Moldova, uma ex-república soviética situada entre a Roménia e a Ucrânia, denuncia regularmente tentativas de desestabilização por parte de Moscovo, que reage negativamente à sua aproximação à União Europeia.

A situação é particularmente tensa na Transnístria, onde as autoridades locais pró-Moscovo solicitaram no final de fevereiro ao Kremlin a adoção de “medidas de proteção”, suscitando receios sobre uma desestabilização do pequeno país.

A Transnístria, com 200 quilómetros de comprimento e cerca de 20 quilómetros da largura, declarou unilateralmente a independência em 1990, devido aos receios de uma “romanização” da Moldova, que procurava sair da órbita soviética.

Após uma breve guerra civil declarou a secessão.

Desde então, o conflito está congelado, e têm prosseguido negociações para alcançar um acordo.

Maioritariamente russófona, a região com cerca de 465.000 habitantes não é reconhecida como Estado a nível internacional, incluindo pela Rússia, que no entanto ali mantém cerca de 1.500 militares.

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