“Eu sou um moderado e defensor da biodiversidade. Se todos passássemos a uma dieta vegan, não acha que isso tinha implicações?”, questionou o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, que falava numa audição parlamentar conjunta com as comissões de orçamento, Finanças e Administração Pública e Agricultura.

 

O antigo eurodeputado respondia à porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, que o desafiou a aderir à iniciativa “segundas-feiras sem carne”.

José Manuel Fernandes mostrou-se disponível para ir comer uma francesinha sem carne com Inês Sousa Real, mas lançou o repto à porta-voz do PAN de, posteriormente, o acompanhar numa refeição de “francesinha de carne barrosã”.

Para o titular da pasta da Agricultura esta será uma forma de demonstrar “tolerância e moderação”.

Inês Sousa Real, que já tinha terminado a sua intervenção, declinou o convite, acenando com a cabeça.

Em 01 de novembro, dia mundial do veganismo, o PAN deu entrada com uma iniciativa para a Assembleia da República aderir às “segundas-feiras sem carne”, justificando-a com o respetivo impacto no aquecimento global e na saúde.

O partido citou dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que indicam que as emissões de gases com efeitos de estufa associadas à produção pecuária representam cerca de 12% do total das emissões de origem humana.

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