“Um navio mercante informou ter sido ‘atingido’ por um projétil a oeste da cidade portuária de Hodeida”, disse a Ambrey num comunicado citado pela agência francesa AFP.

A empresa referiu não ter conhecimento do registo de feridos ou danos.

O navio, com destino para a cidade saudita de Dammam, navegava “a sul do Mar Vermelho quando enviou um pedido de socorro”, acrescentou.

A via do Mar Vermelho tem sido alvo desde novembro de ataques dos rebeldes iemenitas huthis, membros do “eixo da resistência”, um grupo de movimentos apoiados pelo Irão que inclui também o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.

Os huthis, que controlam vastas áreas do Iémen, afirmam que estão a atacar os navios que servem os portos israelitas em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, devido à guerra entre Israel e o Hamas.

O ataque de hoje não foi reivindicado de imediato.

Um míssil caiu perto de um navio a sul da cidade iemenita de Aden na terça-feira, sem causar vítimas ou danos, segundo a agência britânica de segurança marítima UKMTO.

Trata-se do graneleiro “Lila Lisbon”, com pavilhão de São Cristóvão e Neves, segundo o Centro Comum de Informação Marítima (JMIC), que vigia a zona estratégica.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, criaram em dezembro uma coligação multinacional para proteger o tráfego marítimo, mas não conseguiram impedir os ataques.

Desde meados de janeiro, os Estados Unidos efetuaram também vários ataques contra posições rebeldes, por vezes com a ajuda do Reino Unido.

O exército norte-americano anunciou que destruiu hoje um radar numa região do Iémen controlada pelos rebeldes.

Os huthis reivindicaram recentemente a responsabilidade pelo ataque a quase uma centena de navios desde que iniciaram as operações.

Os ataques fizeram aumentar os custos dos seguros dos navios que transitam pelo Mar Vermelho e levaram muitas companhias de navegação a preferir a passagem muito mais longa pelo extremo sul do continente africano.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 37.700 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

Leia Também: Hutis e milícias iraquianas reivindicam novo ataque conjunto em Israel

Compartilhar
Exit mobile version