A ajuda alimentar chegou ao aeroporto Ben Gurion, em Telavive, antes de ser transferida para a passagem de Kerem Shalom, entre Israel e Gaza, onde foi entregue ao Crescente Vermelho Palestiniano, disse à agência de notícias francesa, AFP, uma fonte diplomática marroquina.

“Marrocos é o primeiro país a enviar ajuda humanitária por esta via terrestre, sem precedentes”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino em comunicado.

As autoridades israelitas não confirmaram de imediato esta era a primeira vez que se utilizava aquela via.

A normalização das relações entre Marrocos e Israel, que começou no final de 2020, como parte de um processo com vários países árabes apoiados por Washington, facilitou esta operação, de acordo com uma fonte diplomática marroquina citada pela AFP.

“Marrocos sempre disse que a sua relação com Israel se destinava a servir a paz na região e os interesses dos palestinianos”, afirmou à AFP, falando sob condição de anonimato.

Controlada por Israel, a ajuda internacional só chega à Faixa de Gaza, um território de 2,4 milhões de habitantes, onde a ONU teme uma fome generalizada após mais de cinco meses de guerra entre o movimento islamita Hamas, no poder naquele território, e Israel.

A entrada faz-se principalmente através de Rafah, uma cidade na fronteira fechada com o Egito, onde decorrem bombardeamentos israelitas.

Hoje, o primeiro barco carregado de alimentos seguiu uma rota marítima entre Chipre e Gaza, de acordo com a ONG proprietária do navio.

Ao mesmo tempo, um navio militar americano deixou os Estados Unidos no sábado com o equipamento necessário para construir um cais no território palestiniano para descarregar outros carregamentos de ajuda, que podem demorar até 60 dias a chegar.

A guerra foi desencadeada por um ataque sangrento do Hamas contra Israel, a 7 de outubro, que matou pelo menos 1.160 pessoas, sobretudo civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais.

A operação militar de retaliação de Israel matou cerca de 31.200 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

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