Antigo ministro nos governos liderados por Cavaco Silva e Durão Barroso, Luís Marques Mendes assistirá sem discursar a uma parte dos trabalhos, tal como em outros congressos do PSD em que esteve presente nos últimos anos.

 

Em entrevista à SIC, no passado dia 08, o primeiro-ministro e secretário-geral social-democrata, Luís Montenegro, afirmou que Marques Mendes “é um dos que encaixa melhor” no perfil a candidato presidencial que traçou na moção ao Congresso do PSD.

“Podemos concluir que ele encaixa bem no perfil que está na minha moção de estratégia e que será apreciada no próximo congresso. Não é o único, mas é um daqueles que encaixa melhor nesse perfil”, afirmou.

Antes, no fim de agosto, na Universidade de Verão do PSD em Castelo de Vide, Marques Mendes afirmou que estava “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar daqui a uns meses, seja para avançar ou não.

Perante os jornalistas, escusou-se a dizer se estava ou não mais próximo de ser candidato a Belém e, também, a comentar “potenciais candidatos”, dizendo que se mantém tudo o que declarou há um ano, quando, em declarações à SIC, admitiu essa possibilidade, em certas condições.

“Primeiro, se de acordo com a minha reflexão eu considerasse que podia ser útil ao país, questão mais importante. Segundo, se também de acordo com a minha reflexão, tivesse condições políticas para avançar. Durante um ano não disse uma palavra. Hoje, quero dizer-vos que mantenho tudo quanto disse há um ano, e talvez possa acrescentar uma pequena coisa”, afirmou.

E acrescentou: “Talvez esteja mais próximo do que nunca de tomar uma decisão. Talvez não tenha estado nunca tão próximo de uma decisão. Primeiro porque as eleições presidenciais estão mais próximas, são distantes, mas são menos distantes que há um ano”, concluiu.

Na moção “Acreditar em Portugal”, subscrita pelo líder do partido, defende-se que a eleição do sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa na chefia do Estado é “uma eleição unipessoal, onde as candidaturas surgem da vontade individual das personalidades que se propõem”.

Defende-se que há, nos quadros do PSD, “militantes com notoriedade e conhecimento profundo e transversal do país, das políticas públicas, das instituições democráticas e cívicas, da realidade geopolítica internacional, da nossa participação na Organização das Nações Unidas, na União Europeia, na Nato, na CPLP e em todas as plataformas internacionais em que intervimos”.

“Personalidades que dão garantias de isenção e competência para cumprir as responsabilidades que a Constituição da República atribui ao mais alto magistrado da Nação”, lê-se.

Ainda assim, ressalva-se que a opção apoiada pelo PSD será “necessariamente abrangente e merecedora da confiança de eleitores de outras áreas políticas ou sem vinculo de identidade política predefinida”.

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