Em declarações aos jornalistas, durante a manifestação promovida por associações de imigrantes, na escadaria da Assembleia da República, Mariana Mortágua defendeu que a melhor forma de evitar imigração clandestina e a exploração laboral dos trabalhadores migrantes é a regularização dos que chegam ao país em busca de melhores condições de vida.

 

A deputada considerou que o governo adotou uma retórica que “imita o discurso da extrema-direita”, apontando como uma evidência da proximidade de agendas o apoio do Chega à decisão do Governo de acabar com o regime das manifestações de interesse, decisão que as associações de imigrantes reclamam que seja revertida.

“O PSD tem os votos do Partido Socialista e o discurso do Chega,” acusou Mortágua.

“A única forma de ter uma imigração descontrolada, que é na verdade o discurso do governo a imitar a extrema-direita, é não dar a essas pessoas que chegam a Portugal condições, documentos, o acolhimento, e serviços públicos, afirmou.

A dirigente frisou que “Portugal tem e precisa de ter a capacidade” de regularizar os imigrantes e argumentou que, sendo o país economicamente dependente do trabalho dos imigrantes, é responsabilidade do Estado garantir que tenham acesso a documentos e a serviços públicos como saúde, educação e segurança social.

A deputada acrescentou que ignorar esses direitos e permitir que uma parte da população viva sem acesso básico a serviços é abrir espaço para uma “sociedade dividida” pela discriminação e pelo ódio.

“Nós enquanto sociedade não podemos aceitar que uma parte da população não tenha direito a um hospital, a uma escola, a ser acolhida. Isso desestrutura-nos enquanto sociedade”, advertiu.

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