O italiano Millo, SpY e Isaac Cordal, de Espanha, a brasileira Mura, a dupla Mots, composta pelo português Diogo Ruas e pelo polaco Jagoda Cierniak, e a portuguesa Daniela Guerreiro são os artistas que, segundo a organização, vão reforçar em número e em qualidade o roteiro de arte urbana da cidade.

“Vai ser a nossa maior edição até à data, com mais artistas e mais reconhecidos a nível internacional, murais, mas também instalações, residências artísticas na área da música e também reforço de concertos durante a semana”, disse, em declarações à agência Lusa, uma das fundadoras do Wool, Lara Seixo Rodrigues.

A programação contempla também oficinas, conversas com artistas, visitas guiadas – este ano um dos dias com língua gestual -, circo contemporâneo, exposições e uma conferência internacional, que vai debater a arte urbana em territórios de baixa densidade e na qual estarão representados os dois mais antigos festivais de arte no espaço público do mundo: Nuart, na Noruega, e Assalto, em Espanha.

Segundo Lara Seixo Rodrigues, essas participações vão ajudar a refletir sobre a forma de trabalhar estas expressões artísticas nesse contexto e adiantou que as Wool Talks encerram com a poeta Alice Neto de Sousa.

A organizadora do festival frisou que “o segredo do Wool tem sido o trabalho e o envolvimento continuo da comunidade” e, para reforçar essa tónica presente desde a primeira edição, em 15 de junho uma rua e dois largos no centro histórico da Covilhã vão ser cortados ao trânsito, para dar lugar à Rua Wool, espaço de expressão de diferentes formas artísticas e de partilha.

“Trabalharmos mais o centro histórico é um dos objetivos definidos desde a primeira edição”, atraindo a esta zona mais pessoas e reabilitando-a “através da arte, não só a nível físico, mas também a nível social”, sublinhou, à agência Lusa, Lara Seixo Rodrigues.

A componente musical “aumenta e inova”, este ano, através de concertos e de duas residências artísticas com duplas “desafiadas a trabalhar neste e sobre este território”, com o intuito de reforçar a sua identidade sonora e imaterial.

Ana Lua Caiano & as Adufeiras da Casa do Povo do Paul e Silly & Fred são os nomes escolhidos.

O Festival de Arte Urbana da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, pretende continuar a assumir-se como exemplo de transformação do território e da comunidade através da arte e Lara Seixo Rodrigues considera que “o Wool é uma marca da cidade”, que ajuda a internacionalizar muitos artistas e que se projeta a nível nacional na criação artística em espaço público.

“A resistência, persistência e existência deste projeto é fruto do envolvimento da comunidade. O projeto não é nosso, é mesmo da comunidade”, reforçou a promotora do evento que começou em 2011 e realiza este ano a 11.ª edição.

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