“A Liga pode muito facilmente resolver este problema. Já devia ter resolvido, porque houve outros casos no passado. Isto não é bom para ninguém. Ninguém fica bem nesta fotografia. Não é bom para o João Pereira, nem para o colega [Tiago Teixeira], nem para o Sporting”, disse Pedro Sequeira, em declarações à Lusa.
Em causa está o facto de João Pereira ainda não ter o IV nível/UEFA Pro exigido pelas regras da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para assumir uma equipa da I Liga (e também para as competições europeias) como técnico principal, uma vez que ainda só terminou o curso de treinador de III nível, aguardando o respetivo certificado.
“O Sporting vai apresentar um treinador de grau IV, mas todos sabem que o treinador é o João Pereira, que não pode ser o oficial. A parte legal fica resolvida, mas a questão ética não”, realçou Pedro Sequeira, acrescentando que “aparecer na ficha [de jogo] um treinador que não é o verdadeiro não é bom para a imagem da Liga”.
João Pereira, que foi escolhido para ocupar o lugar deixado vago por Ruben Amorim – já ao serviço do Manchester United -, vai constar nas fichas de jogo como adjunto, tal como já acontecia na equipa B dos ‘leões’, que disputa a Liga 3, com o adjunto Tiago Teixeira a ser formalmente indicado como treinador principal.
“Claro que estamos satisfeitos com o reconhecimento internacional de Ruben Amorim, e é natural que os treinadores vão à procura de melhores condições, mas o Sporting fica com um problema que não criou e tem de ter tempo para resolver”, destacou o líder da confederação de treinadores.
Segundo o responsável, tal com acontece noutras modalidades, como o andebol, “deve ser dado algum grau de tolerância para resolver a questão, até para que o João Pereira tenha tempo para terminar” a última graduação.
Além de João Pereira, de 40 anos, apresentado na segunda-feira como treinador do campeão Sporting, integram a nova equipa técnica Tiago Teixeira, José Caldeira, António Pina, Hugo Tecelão, Tiago Ferreira e Luís Neto.
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