Nos degraus do Capitólio dos EUA com a equipa de liderança do Partido Republicano na câmara baixa do Congresso, Mike Johnson destacou que não haverá perda de tempo para avançar com a agenda “América Primeiro” de Trump e proteger a fronteira sul, projetar força no panorama mundial e acabar com o “wokismo e ideologia radical de género”.

 

Johnson espera que os republicanos liderem um governo unificado, embora ainda não esteja confirmado o controlo da câmara baixa, depois de garantida a presidência e o Senado (câmara alta).

“Estamos prontos para cumprir o mandato da América. Estaremos prontos desde o primeiro dia. Estamos preparados desta vez”, frisou.

Trump vai reunir-se com Johnson no Capitólio na quarta-feira, enquanto o presidente eleito estiver na cidade para a sua visita à Casa Branca, e Johnson disse que vai passar o fim de semana com Trump na sua residência em Mar-a-Lago, na Florida, enquanto se preparam para o novo ano.

O Congresso regressou hoje a uma Washington mudada, à medida que a agenda de extrema-direita de Trump ganha forma rapidamente, impulsionada por sedentos aliados republicanos que procuram uma tomada total de poder no Capitólio, enquanto os democratas ponderam o que correu mal, noticiou a agência Associated Press (AP).

Trump já está a testar as normas de governação durante este período de transição presidencial, dizendo ao Senado para renunciar ao seu papel de aconselhamento e consentimento e simplesmente aceitar os nomeados para o seu gabinete.

Antes da agenda de Trump entrar em pleno, os líderes da Câmara e do Senado vão realizar eleições internas esta semana para os seus próprios cargos.

A maioria dos principais líderes republicanos depende de Trump para a sua subsistência política e tem trabalhado para se aproximar do presidente eleito para reforçar a lealdade.

No Senado, onde os republicanos tomaram o poder aos democratas na noite das eleições, três senadores republicanos que concorrem para se tornarem o novo líder do Partido Republicano apressaram-se a concordar com o plano de Trump para a rápida confirmação dos candidatos presidenciais.

Esta parece ser uma importante remodelação não só dos centros de poder em Washington, mas também das regras de governação. Quando Trump regressar à Casa Branca em janeiro com um potencial Congresso liderado pelo Partido Republicano, o magnata encontrará um partido muito menos cético ou cauteloso relativamente à sua abordagem do que há oito anos, e muito mais disposto a apoiá-lo.

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