Em declarações aos jornalistas à chegada ao 42.º Congresso Nacional do PSD, em Braga, Leonor Beleza, proposta por Luís Montenegro para ser a primeira vice-presidente do partido, admitiu que não foi difícil convencê-la a aceitar o convite, salientando o respeito que tem ao primeiro-ministro pelo “trabalho que ele está a fazer no Governo”.

 

“Acho que, quando se nos pede que participemos de alguma maneira, aqueles que somos militantes, devemos fazer isso”, afirmou, elogiando ainda “o desenho” que Luís Montenegro encontrou ao “colocar a Comissão Permanente com pessoas que não são membros do Governo”.

“Esta separação que ele quer fazer parece-me acertada, parece-me positiva e, depois, também gosto muito da paridade que ele propôs”, salientou.

Questionada sobre que contributo espera dar à nova direção do partido e como gostaria que fosse a sua intervenção, Leonor Beleza, que tinha já sido vice-presidente do partido durante a liderança de Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que “ainda é muito cedo para essa conversa”.

“Mas vêm aí tarefas muito importantes na vida do partido, como toda a gente sabe, e eu vou tentar, na medida daquilo que sou capaz, ajudar”, disse, salientando que se estava a referir às próximas eleições que estão agendadas, como as autárquicas.

Leonor Beleza disse esperar que “o Governo tenha condições para continuar a governar até ao fim da legislatura”.

A antiga ministra da Saúde de Cavaco Silva declarou esperar que o partido “esteja forte em torno do líder e convencido de que a tarefa que neste momento lhe cabe, de dirigir o Governo do país”.

“É em torno dos problemas das pessoas que o Governo e partido que o apoia devem estar a fazer todo o esforço que puderem”, afirmou.

Interrogada se admite vir a ser candidata às eleições presidenciais, após já ter anteriormente afastado esse cenário, Leonor Beleza respondeu: “O que eu disse na altura é que não pondero nem ponderarei. Mantenho exatamente essa posição”, reforçou.

Questionada se já tinha arrumado a política na gaveta, Leonor Beleza respondeu: “Eu sou militante do partido e, enquanto tiver capacidade, se for preciso, em circunstâncias como esta, não arrumo as coisas”.

“Sou militante do PSD e, nas circunstâncias em que perceba que posso ser útil ao partido e que ainda tenho capacidade para isso, estou disponível”, disse.

No sábado, O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou que a antiga ministra Leonor Beleza será a primeira vice-presidente do partido, numa direção totalmente paritária.

Da comissão permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam a vogais, segundo anunciou no 42.º Congresso do PSD.

O presidente do PSD mantém apenas um dos atuais vice-presidentes — Inês Palma Ramalho –, a quem se juntam, além de Leonor Beleza, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço e Carlos Coelho.

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