O Benfica vai retomar o calendário já no próximo dia 23 de novembro, diante do Estrela da Amadora, para a Taça de Portugal, e na memória de todos os adeptos continua bem presente a goleada diante do FC Porto, por 4-1, no Estádio da Luz, que fez com que o ‘até já’, provocado pela pausa para compromissos internacionais, fosse dito em tom de entusiasmo.

 

No entanto, e segundo sublinha Gaspar Ramos em declarações ao Desporto ao Minuto, o resultado positivo conseguido no Clássico, bem como a goleada sobre o Atlético Madrid, para a Liga dos Campeões, não podem servir para euforias, nem mesmo para reassumir uma candidatura ao título de campeão nacional, que alguns benfiquistas já davam como perdido.

Eu penso que o Benfica é dos candidatos ao título, porque tem um plantel suficientemente forte para poder considerar-se como tal. Ainda assim, não é pelos jogos contra o Atlético Madrid ou contra o FC Porto que nós devemos assumir essa candidatura, porque são jogos muito especiais que não dão a garantia de que possa existir uma continuidade. A equipa tem condições para fazer melhor do que aquilo que estava a fazer e estes jogos deixaram esse indício. Não podemos é embandeirar em arco e tomar em consideração que esses dois jogos são a grande referência para podermos ser campeões nacionais. Temos condições para sermos campeões, mas temos de continuar a trabalhar – e muito“, começou por dizer o antigo diretor de futebol das águias.

Ainda sobre estes dois triunfos importantes, Gaspar Ramos considera que em ambas as ocasiões foram concedidos “muitos espaços para jogar”, algo que os encarnados, por terem “um plantel com muita qualidade”, foram capazes de “explorar”, o que se traduziu “em muitos golos”.

Questionado sobre a possibilidade destes resultados poderem servir com uma ‘botija de oxigénio’ para Bruno Lage, o ex-dirigente respondeu que “as vitórias serviram para ultrapassar alguns pensamentos que os adeptos começavam a ter em relação ao treinador”, tendo acrescentado: “O Lage é o treinador que é, tem o conhecimento que tem, mas para se ser treinador não basta conhecer os livros, é preciso ter um sentimento e manifestá-lo para atingir os objetivos. Para a maioria das pessoas, desde que os resultados apareçam está tudo bem”.

Já a olhar para o próximo jogo, frente ao Estrela da Amadora, no dia 23 deste mês, Gaspar Ramos acredita que esta é “uma equipa que permite ao Benfica poder ensaiar e continuar a trabalhar sobre o modelo que tem de apresentar e sobre a atitude que tem de existir”, enquanto que o desafio diante do AS Monaco, quatro dias depois, está “perfeitamente ao alcance” das águias. “Nós somos melhores do que eles, até em relação ao plantel. É uma questão de jogarmos com a atitude certa que, normalmente, existe nestes jogos da Champions, até porque alguns jogadores aproveitam para se mostrarem”, completou.

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