“Como devem calcular, é um passo complexo, difícil e de grande responsabilidade, não só pelo olimpismo em si, que também tem uma corrida com testemunhos a passar de presidente em presidente, mas pela dificuldade de suceder a uma personalidade como José Manuel Constantino. Não há muito para esconder e seria quase uma traição às federações que me têm desafiado para esta possível missão”, afirmou Jorge Vieira, à entrada para o evento, em declarações aos jornalistas.

 

Jorge Vieira, de 69 anos, cumpre até sábado o seu terceiro e último mandato à frente da FPA, cujas eleições foram vencidas por Domingos Castro, em detrimento dos ainda vice-presidentes Paulo Bernardo e Fernando Tavares.

O antigo Diretor Técnico Nacional da FPA, na presidência de Fernando Mota, de quem foi ‘vice’, foi ainda treinador de clubes como Benfica, CDUL e Sporting, além de diretor do Centro de Alto Rendimento do Jamor.

“Não há volta a dar e vou mesmo avançar. Ainda há muito caminho para trilhar e muito caminho para desenvolver com as federações que têm apoiado esta ideia e, brevemente, daremos notícias mais concretas”, prometeu.

O ainda presidente da FPA enfrenta nesta ‘corrida’ ao organismo olímpico a Laurentino Dias, antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, e José Manuel Araújo, atual secretário-geral do COP.

As eleições do organismo olímpico, liderado por Artur Lopes desde a morte de José Manuel Constantino, em agosto último, devem realizar-se no primeiro trimestre de 2025.

“É o resultado de uma intervenção muito grande ao nível desportivo. As pessoas conhecem-me, eu conheço as pessoas, os problemas, e, naturalmente, este é um projeto coletivo e não um ‘one man show’, que passa pela construção de uma equipa que venha a continuar o trabalho e a inovar para o desporto nacional, que tem evoluído, mas ainda tem de evoluir mais”, partilhou Jorge Vieira.

O líder do órgão que rege o atletismo em Portugal apontou como prioridades da sua candidatura o reforço da competitividade internacional do desporto nacional, a descoberta de novos talentos, o incremento do desporto juvenil, a qualificação de dirigentes e treinadores e o reforço dos clubes — “onde acontece o desporto no dia a dia e são muitas vezes esquecidos”.

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