“A missão é clara. Estamos determinados a mudar a situação de segurança o mais rapidamente possível”, disse o chefe do Comando Norte israelita, major-general Ori Gordin, depois de duas brigadas do exército terem concluído uma série de exercícios para simular o combate “no território inimigo”.

 

Gordin insistiu que as tropas “estão extremamente preparadas para qualquer missão que lhes seja atribuída”.

Israel está em alerta máximo desde a noite de terça-feira, quando milhares de ‘pagers’ associados ao grupo xiita libanês pró-iraniano explodiram no Líbano e na Síria, matando doze pessoas e ferindo milhares.

O incidente fez soar o alarme sobre a possibilidade de que a tensão entre os xiitas e Israel, envolvidos numa intensa troca de tiros através da fronteira há mais de 11 meses, possa levar a uma temida guerra regional.

As autoridades israelitas não reconheceram a responsabilidade pelo acontecimento, algo comum neste tipo de situações.

Israel tem estado envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza que atacaram, no dia anterior, solo israelita.

Na terça-feira, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, disse que com as suas “missões” em Gaza quase cumpridas, o foco de Israel está agora a mudar para a fronteira com o Líbano, onde o fogo cruzado constante obriga cerca de 60.000 pessoas a viverem em hotéis ou em casas de familiares dispersos por todo o país.

Nestes 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas morreram em ambos os lados da fronteira, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 vítimas, algumas também na Síria.

Em Israel, 50 pessoas foram mortas no norte: 24 militares e 26 civis, incluindo 12 menores num ataque nas Colinas de Golã sírias ocupadas.

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