“Ele desempenhou um papel importante no planeamento da invasão a Israel a 07 de outubro e elaborou os seus planos na cidade de Rafah antes da entrada das tropas”, indicou o Exército num comunicado.
A nota refere também que, em “ataques adicionais”, as tropas mataram outras altas patentes do batalhão, responsável pela zona de Tal al-Sultan em Rafah, juntamente com dezenas de combatentes das milícias.
A 21 de agosto último, o Exército já tinha reivindicado ter eliminado a brigada de Rafah, cuja existência serviu, em maio, de justificação para a invasão terrestre pelas suas tropas da cidade fronteiriça com o Egito.
Tal ofensiva foi duramente criticada pela comunidade internacional, por ter obrigado à fuga de mais de um milhão de palestinianos deslocados, muitos dos quais vivem agora em tendas, amontoados na “zona humanitária” ao longo da costa, que Israel voltou hoje a bombardear.
Hoje, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, reiterou que o Exército está “perto de concluir” os seus objetivos na Faixa de Gaza e se concentrará, em seguida, em combater o grupo xiita libanês Hezbollah e garantir a segurança na fronteira norte.
“O centro de gravidade está a deslocar-se para norte, estamos perto de concluir a nossa missão no sul, mas aqui [no norte] temos uma tarefa que ainda não completámos (…): mudar a situação de segurança e [assegurar] o regresso dos residentes às suas casas”, disse Gallant às tropas no norte do território israelita.
O ministro conversou com alguns militares destacados junto à fronteira com o Líbano, enquanto estes realizavam uma simulação de ofensiva terrestre do país vizinho, noticiou o diário The Times of Israel.
“As ordens de que estão à espera, eu dei-as no sul e vi as forças a trabalhar”, acrescentou Gallant, referindo-se à ofensiva terrestre israelita iniciada há meses na Faixa de Gaza, mas ainda não no Líbano.
“Chegarei aqui e vocês têm de estar prontos e preparados para levar a cabo esta missão. Estamos a acabar de treinar toda a ordem da batalha para uma operação terrestre [no Líbano], em todos os aspetos”, reiterou o ministro da Defesa israelita, assegurando estar a falar a sério.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram na sequência do ataque de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a Israel. Na sequência dessa ofensiva, que fez 1.194 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 41.000 mortos e cerca de 95.000 feridos.
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte.
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