O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano denunciou, em comunicado, uma “decisão irracional” que “não pode ser justificada” e disse ter convocado o encarregado de negócios estrangeiros alemão para transmitir o “forte protesto” do Irão.

 

O embaixador alemão em Teerão, Markus Potzel, já tinha sido chamado de volta a Berlim para consultas.

Antes, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, anunciou a decisão de Berlim de encerrar os três consulados iranianos em solo alemão em reação à execução por Teerão do dissidente iraniano naturalizado alemão Jamshid Sharmahd.

Baerbock frisou que Berlim “comunicou regular e claramente a Teerão que a execução de um cidadão alemão teria consequências graves”.

Jamshid Sharmahd, de 69 anos, foi condenado à morte em fevereiro de 2023 por um tribunal de Teerão por corrupção, pelo seu alegado envolvimento num ataque a uma mesquita em Shiraz (sul), que fez 14 mortos e cerca de 300 feridos.

“A decisão do governo alemão de encerrar estes centros é deliberada para privar os iranianos de serviços e instalações consulares”, considerou o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Terrão alertou que a “abordagem não construtiva e de confronto da Alemanha é um grave erro de cálculo, e que o governo alemão será responsável pelas suas consequências”.

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