Herman José recordou Marco Paulo, com quem manteve uma relação muito próxima, apesar de ter começado com uma certa distância quando eram novos – tendo em conta que os artistas eram mais competitivos à época, notou o comediante. 

 

“Ele era muito infantil, uma criança grande, o que lhe foi dado foi um brinquedo muito grande onde se sentia uma criança feliz”, notou, referindo-se aos programas que todos os sábados apresentava na SIC, ao lado de Ana Marques.

“A parte triste foi esta angústia de viver e lutar contra esta doença implacável durante anos”, lamentou o humorista. 

Para Herman, a “infantilidade” que caracterizada o músico acabou por protegê-lo. “Os olhos dele transformavam o mundo nesta coisa colorida. Durante muito tempo não teve bem a noção da gravidade da sua situação. [Isso] Não lhe tirou esperança, teve até ao final e a fé também ajudou”. 

“Acho que é um privilégio ter acabado lúcido, ainda com a voz muito boa. Fica na história como uma memória boa”, completou. 

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