Após uma votação, os habitantes desta comunidade agrária israelita decidiram por maioria “restabelecer o ‘kibutz’ com a convicção de que regressar e fortalecer a comunidade é uma vitória real e significativa sobre o que passaram e continuam a passar”, explicaram, em comunicado.
Os combatentes do Hamas mataram 40 dos habitantes e raptaram 77 naquele dia, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 raptadas.
Num breve comunicado, a direção do ‘kibutz’, onde residia uma importante comunidade de origem argentina e que em 08 de fevereiro recebeu a visita do Presidente argentino Javier Milei, instou o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a “garantir uma construção ótima, em grande escala e generosa de Nir Oz, decorrente de um desejo sincero e genuíno de que o ‘kibutz’ renasça”.
Pediram ainda às autoridades que considerem alternativas para as pessoas que “não podem regressar devido às suas experiências traumáticas”.
Além disso, instaram o executivo israelita a “assumir a responsabilidade e agir com plena autoridade para devolver as pessoas raptadas que estão em cativeiro” às mãos do Hamas e das quais 29 são de Nir Oz.
Os habitantes de Nir Oz uniram-se na sua iniciativa à semelhança de um outro ‘kibutz’ que foi duramente atacado em 07 de outubro de 2023, o de Be’eri, onde cerca de 200 residentes já decidiram regressar para reconstruir as suas vidas.
Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.
A guerra continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 42.718 mortos (quase 2% da população), entre os quais 17.000 menores, e 100.282 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
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