PS e JPP também foram convidados, mas já anunciaram que não vão estar presentes.

Os socialistas justificaram a ausência por considerarem que esta reunião “é uma encenação” e “uma farsa”.

“Nós não alinhamos nestas encenações e nestas farsas. E, portanto, não temos a confiança no Governo, não temos a confiança em Miguel Albuquerque e, por isso, a nossa posição mantém-se”, afirmou no sábado Paulo Cafôfo, aos jornalistas à margem de uma reunião da comissão política do PS/Madeira, na sede do partido, no Funchal.

Para o dirigente socialista, “o que está em causa não são as medidas, o que está em causa é precisamente este Governo do PSD e o seu presidente, Miguel Albuquerque”.

Por seu lado, o JPP disse que não quer “fazer parte de um encontro onde os intervenientes não têm credibilidade no uso da palavra, não são de confiança e praticam a mentira, com a ajuda dos meios de propaganda subsidiados pela região”.

Num comunicado hoje divulgado, o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, disse que os militantes e os órgãos do partido decidiram, em encontros realizados no sábado, que não iriam participar em “reuniões secretas feitas nas costas do povo”.

Na quarta-feira, Miguel Albuquerque anunciou a retirada da discussão do programa do Governo que seria chumbado no parlamento madeirense no dia seguinte, uma vez que PS, JPP e Chega, que somam um total de 24 deputados dos 47 que compõe o hemiciclo, anunciaram o voto contra.

Na quinta-feira, o executivo madeirense indicou, em comunicado, que convidou todos os partidos com assento parlamentar para uma reunião, na segunda-feira, para consensualizar propostas para o Programa do executivo.

Nas eleições regionais antecipadas de 26 de maio, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta (para a qual são necessários 24), o PS conseguiu 11, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN elegeram um deputado cada.

Já depois das eleições, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta. Os dois partidos somam 21 assentos.

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