“O PS apresentou ideias vagas. Não apresentou nenhuma proposta. Negociar o quê? As ideias? Elas constam do programa do governo. São exemplo do negacionismo, porque, afinal, já concordam com tudo o que fizemos em disrupção com a governação socialista anterior. Ainda assim, disponível para o diálogo para saber se há alguma proposta de concreta“, declarou.

 

José Manuel Bolieiro falava no encerramento das jornadas parlamentares da coligação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), em Ponta Delgada.

Num discurso de cerca de uma hora, o líder regional realçou, a propósito do Plano e Orçamento para 2025, que o PS apresentou “ideias vagas” ao contrário do Chega, que levou “propostas concretas”.

“A nossa disponibilidade para o diálogo foi em primeira fase com o partido Chega porque foi o Chega que votou a favor das Orientações de Médio Prazo. O Chega não é poder, é oposição. Não nos revemos em todas as políticas públicas, mas assumiu um compromisso de estabilidade através da negociação orçamental”, sublinhou.

José Manuel Bolieiro afirmou que o PS não tem razão para se queixar da “falta de diálogo”, lembrando que foram os socialistas a indicar a nova presidente do Conselho Económico e Social.

“O sucesso dos Açores é o insucesso da narrativa socialista. Perdem a credibilidade, não são alternativa a coisa nenhuma”, criticou.

O líder dos sociais-democratas açorianos acusou o PS de fazer uma “oposição pns”, classificando os socialistas como “pessimistas, negacionistas e sonegadores”.

“Não podemos fraquejar com as narrativas de quem, humilhado na perda do poder, considera que somos um desastre politico”, alertou.

José Manuel Bolieiro adiantou ainda que, no âmbito das negociações com o Governo da República, os Açores vão ter autorização para transformar dívida comercial da saúde em dívida financeira em 150 milhões de euros.

“Isso ajudará de forma muito significativa a encurtar os prazos dos pagamentos em atraso. Sim, eu não nego as evidências. Há pagamentos em atraso”, reconheceu.

Já o presidente do CDS-PP/Açores, Artur Lima, enalteceu as “conquistas sociais” desde 2020, assegurando que a coligação que governa a região vai “voltar a surpreender”.

“Conseguimos grandes conquistas sociais, coesão territorial e social, mas foi com muita dificuldade”, salientou Artur Lima, vice-presidente do Governo Regional, lembrando o contexto marcado pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.

Por sua vez, o líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, destacou a política económica do executivo açoriano, elogiando o aumento do Produto Interno Bruto e do número de pessoas empregadas.

“Estamos a fazer um bom trabalho. Há muita gente, nomeadamente aqueles que fazem oposição a este governo, que não estão a gostar dos resultados e que estão a tentar junto da opinião pública intoxicar e fazer chegar uma informação falsa”, acrescentou o monárquico e secretário regional dos Assuntos Parlamentares.

As propostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2025 vão ser discutidas a partir de 25 de novembro.

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