Em declarações à Lusa, João Oliveira afirmou que o incêndio está “praticamente todo fechado”, apesar de alguns reacendimentos que estão a ser prontamente a ser combatidos pelos bombeiros.

 

De acordo com o responsável, o balanço feito pelos serviços aponta para cerca de 40 habitações afetadas pelas chamas.

“A situação está muito mais calma”, indicou, avançando também que no Pavilhão Municipal de Albergaria-a-Velha, que foi transformado em dormitório, “já não está ninguém”.

O presidente da Junta de Freguesia de Ossela, onde, pela meia-noite, mais de 50 pessoas foram retiradas das suas habitações devido à proximidade das chamas, assegurou à Lusa que as pessoas já se encontram em segurança.

Alguns moradores vão pernoitar na junta de freguesia e outros já encontraram abrigo em casa de familiares, acrescentou José Santos.

Também em declarações à agência Lusa ao final da noite de terça-feira, o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Jorge Almeida, afirmou que duas frentes do incêndio estavam a gerar mais preocupação, mas disse estar confiante que a situação iria melhorar se o vento não se agravasse.

Num balanço realizado às 19:30 no posto de comando distrital em Oliveira de Azeméis, o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, afirmou que os bombeiros conseguiram dominar algumas das frentes dos quatro incêndios que lavram em Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis e Águeda, no distrito de Aveiro, mas que a situação se mantinha complicada, apesar de as condições serem “mais favoráveis” do que na segunda-feira.

De acordo com a página da ANEPC, pelas 02:15, os quatro incêndios eram combatidos por 1.410 operacionais, apoiados por 468 viaturas.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram na terça-feira, num acidente, quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.   

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