Branko, Maquina, Emmy Curl, Batida ou Tó Trips são alguns dos artistas que vão atuar no Som Riscado, a partir da próxima quarta-feira, num “festival em que a música e a imagem são os pratos fortes” e que atrai a Loulé artistas que “cruzem esses dois universos e que apresentem espetáculos diferenciadores” ou “até disruptivos”, afirmou Paulo Silva, diretor do festival, que é organizado pelo Cineteatro Louletano e pela Câmara louletana.

 

“É uma forma de mostrar que a imagem e o som podem conviver, devem conviver, de uma forma equilibrada e gerar espetáculos completamente diferentes. Este ano vamos ter 11 iniciativas, que vão decorrer em cinco espaços da cidade, sendo o epicentro o Cineteatro Louletano, mas também o auditório do Solar da Musica Nova, a Casa da Cultura, o Convento de Santo António e o bar Bafo de Baco”, situou.

Paulo Silva destacou a presença de Branko (22 novembro), que vai, no Cineteatro Louletano, “antecipar o concerto que irá realizar no Coliseu de Lisboa”, mas também de “Emmy Curl [dia 24], que irá fazer um concerto multimédia imersivo, com toda a videoarte dos telediscos dela, transposta ao vivo para o concerto” agendado para o Solar da Música Nova.

Batida (24 de novembro) também vai estar presente no festival para levar ao palco do Cineteatro Louletano “Neocolonialismo, um espetáculo multidisciplinar que alia música, imagem, dança e aborda a questão do colonialismo”, enquanto Tó Trips (dia 24) vai levar ao Solar da Música Nova as “Comédias de Alice”, nas quais “vai musicar ao vivo quatro filmes a preto e branco, da Disney, dos anos 20 e 30 [do século XX]”, assinalou.

“Foi um desafio que lançámos, ele aceitou, estamos muito felizes por isso e acho que vai ser um espetáculo interessante, para os mais jovens, mas também para os adultos”, considerou.

Presente estará também aquela que, para Paulo Silva, é a “banda do momento”, Maquina (22 de novembro), que “se vai apresentar com um o VJ que vai fazer um trabalho de projeção de imagens a preto e branco para acompanhar o concerto”, explicou.

“Teremos várias instalações, teremos um concerto a ser estreado aqui no Som Riscado, dos Ensemble 17 [23 de novembro, Solar da Música Nova], que é um concerto de música experimental que alia imagem e som, e para abrir o festival temos uma proposta diferente, que é uma orquestra de 25 músicos a interagir ao vivo, em temo real, com uma inteligência Artificial, que irá gerar as partituras e as músicas, criando um concerto único”, na quarta-feira, no Cineteatro, salientou.

Outra das proposta é Luz, um espetáculo produzido pela Mákina de Cena, em coprodução com o Cineteatro Louletano, “que vai juntar jazz, música classifica, com ‘spoken word’ [palavra dita, tradução literal do inglês]”, mencionou também Paulo Silva.

Questionado sobre o relevo do Som Riscado para a produção artística local, Paulo Silva considerou que é “sem dúvida alguma importante”, porque se trata de “um festival um pouco fora da caixa, com uma oferta diferenciadora”, que permite “trazer a Loulé e ao Algarve projetos diferentes e arrojados que não costuma passar pelo ‘mainstream'”.

“Dos 11 espetáculos, três são feitos por equipas do Algarve”, frisou.

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