Escrito e realizado por Farah Nabulsi, este é um drama passado na Cisjordânia, uma história de resistência sobre um professor que tenta evitar que um dos seus alunos se vingue da morte de um irmão por militares israelitas.

 

O filme passa hoje no Cinema São Jorge, na abertura do festival de cinema Olhares do Mediterrâneo, este ano dedicado “às revoluções quotidianas”, que ocorrem na vida comum, e com um foco particular no cinema das mulheres da Palestina e que é feito fora deste território.

“Só a diáspora parece garantir às realizadoras palestinianas o acesso ao mundo externo e a possibilidade de fazer filmes e viver em segurança”, sublinha o festival no programa.

“Salt of this Sea”, de Annemarie Jacir, e “3000 Nights”, de Mai Masri, são dois dos filmes programados sobre a Palestina.

Entre as sete longas-metragens da competição do festival está, em estreia mundial, “A mulher que morreu de pé”, documentário de Rosa Coutinho Cabral sobre a escritora Natália Correia.

O filme é descrito pelo festival como “uma longa viagem, poética e emocional”, com entrevistas, material de arquivo e passagem por locais e lugares que fazem parte da história de Natália Correia, como Lisboa e a ilha de São Miguel, o bar Botequim e a Assembleia da República, onde a escritora foi deputada.

A programação conta também, entre outros, com o documentário “Big Bang Henda”, de Fernanda Polacow, com o artista visual angolano Kiluanji Kia Henda, seguindo-se um debate sobre “colonialismo, decolonialismo e as suas representações”.

O festival, que é uma iniciativa da Olhares do Mediterrâneo – Associação Cultural e do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, estende-se até 07 de novembro no cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa, na Casa do Comum e no Goethe Instituto.

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