“É uma falsa partida e uma falsa partida grave porque Portugal não tem mais tempo”, afirmou Rui Rocha, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja, que decorre até domingo.

O dirigente liberal salientou que vários casos contribuíram para esta avaliação da IL, como a “artimanha” da alteração às taxas de IRS ou a “descoordenação política” em relação ao serviço militar para pequenos delinquentes, entre outros.

“E temos falta de rumo. Este Governo está a governar com o orçamento, o programa de estabilidade e os instrumentos do Partido Socialista e isso denota uma clara falta de ambição e de rumo”, frisou.

Questionado sobre se o Governo deveria avançar com um orçamento retificativo, Rui Rocha respondeu que essa avaliação deve ser feita pelo Governo.

“É o Governo que tem que fazer essa opção, se quer ou não, primeiro, ter essa ambição e, depois, se o instrumento orçamental que tem à sua disposição, que é o orçamento do PS, é suficiente ou não”, sublinhou.

Porém, acrescentou, o Governo está “perfeitamente alinhado e confortável com o essencial das propostas socialistas”.

Sobre as negociações entre o Governo e as forças de segurança para o suplemento de missão para a PSP e GNR, o líder da IL previu “tempos difíceis”.

“Quando passam anos, uns atrás dos outros, em que não se tomam decisões, não se reforma o Estado, não se tomam medidas para o país ter condições para criar riqueza, todos se queixam, mas a verdade é que os recursos são insuficientes”, vincou.

Quanto às acusações do novo Governo de que o anterior aprovou um apoio de 100 milhões de euros para os agricultores fazerem face à seca sem que o tenha colocado no orçamento, Rui Rocha disse que é um exemplo do que foi um “padrão de gestão” do executivo PS.

“Isso corresponde a um padrão de incompetência, de desleixo e de falta de interesse pelo setor”, apontou o responsável, esperando que, “com orçamentação, sem orçamentação, o setor encontre agora um novo caminho”.

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