De acordo com os orçamentos hoje publicados na página da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos [ECFP], que funciona junto do Tribunal Constitucional, os gastos que as forças políticas estimam ter com a campanha para as eleições para o Parlamento Europeu ascendem a 4.102.400 euros.

Apesar de serem 17 os partidos e coligações que concorrem às europeias, quatro orçamentos não foram constam no ‘site’ da ECFP, nomeadamente da Iniciativa Liberal, Nova Direita, Volt Portugal e MAS.

O PS apresentou a estimativa de gastos mais elevada. Os socialistas contam gastar 1,5 milhões de euros, com receitas totalmente provenientes da subvenção estatal.

A maior “fatia” do orçamento será destinada a comícios e espetáculos (500 mil euros), seguindo-se as despesas com conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado (300 mil euros).

A Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM, prevê despesas de 975 mil euros, esperando receber todo este valor da subvenção estatal.

Na estimativa de despesas da coligação, 217 mil euros destinam-se a estruturas, cartazes e telas, 210 mil euros a propaganda e comunicação impressa e digital e 152 mil euros para comícios e espetáculos.

A CDU (coligação integrada pelo PCP e pelo PEV) estima gastar 620 mil euros na campanha para as eleições europeias, sendo 350 mil custeados pela subvenção estatal, 250 mil euros provenientes da contribuição dos dois partidos e 20 mil euros da angariação de fundos.

A quarta força política com maior orçamento é o Chega, que prevê gastar meio milhão de euros, 300 mil provenientes da subvenção estatal e o restante assegurado pelo partido.

O maior valor, 120 mil euros, é destinado a estruturas, cartazes e telas e 100 mil a custos administrativos e operacionais. O Chega estima ainda gastar 80 mil euros com comícios e espetáculos e igual valor com brindes e outras ofertas.

O BE entregou um orçamento de 300 mil euros, esperando receber a maioria da subvenção pública (248 mil), e o restante será assegurado pelo partido e através de angariação de fundos.

Os bloquistas preveem gastar 120 mil euros com custos administrativos e operacionais, 65 mil com estruturas, cartazes e telas e 55 mil euros com propaganda e comunicação.

O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) espera gastar 80 mil euros, contribuindo com esse total para a candidatura. Metade deste valor será destinado a propaganda e comunicação e 15 mil euros serão gastos na conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado.

O PAN apresentou um orçamento de campanha de 75 mil euros, valor que espera receber da subvenção pública.

O partido espera gastar 20 mil euros em estruturas, cartazes e telas, e mais 20 mil em comícios e espetáculos, além de 15 mil euros em brindes e ofertas.

O Livre estima gastar 50 mil euros, valor que espera receber na totalidade da subvenção estatal.

Os gastos maiores serão com estruturas e cartazes (26 mil euros) e comícios e espetáculos (13 mil euros).

O Ergue-te prevê gastar 1.200 euros, provenientes da contribuição do partido e angariação de fundos, dinheiro que é praticamente todo destinado a custear os tempos de antena do partido.

O Nós, Cidadãos! apresentou uma estimativa de mil euros, proveniente da angariação de fundos.

O PTP estima ter despesas de apenas 200 euros, fruto da contribuição do partido, valor destinado na totalidade a custos administrativos e operacionais.

De acordo com os orçamentos apresentados, o Partido da Terra (MPT) e o partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) não preveem ter despesas com a campanha eleitoral.

Em 2019, os partidos políticos e coligação contavam gastar um pouco mais na campanha, tendo apresentado orçamentos de 4,9 milhões de euros.

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