O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, confirmou que as autoridades israelitas transmitiram a mensagem de que “o fim das intensas operações de combate está próximo” em Rafah, no sul do enclave.

“Na nossa perspetiva, o importante é trabalhar no plano para o dia seguinte ao conflito, porque não queremos ver em Rafah o que vimos noutras áreas onde o [movimento islamita palestiniano] Hamas recuperou o controlo após o fim das operações”, explicou Miller.

O porta-voz da diplomacia norte-americana destacou que para que haja uma “derrota duradoura” do grupo islamita é necessário um plano de governação na Faixa de Gaza liderado pelos palestinianos, uma estratégia de segurança realista e um projeto de reconstrução.

“Para conseguir isto, continuamos a trabalhar com os nossos parceiros árabes na região e continuamos a pressionar o Governo de Israel a considerá-lo”, acrescentou.

Netanyahu disse numa entrevista no domingo que “a fase de alta intensidade da guerra vai acabar” e isso acontecerá “muito em breve”.

O primeiro-ministro israelita, que enfrenta uma grande contestação no seu país e divisões no seio do Governo, indicou estar “preparado para um acordo parcial” com o Hamas para conseguir o regresso dos reféns que permanecem sequestrados no território, mas insistiu que não terminará a guerra até que o grupo islamita seja destruído.

Durante dias, fontes militares citadas pela imprensa israelita previram pelo menos três a quatro semanas para eliminar os dois batalhões do Hamas que se estima permanecerem intactos em Rafah, mas ignora-se o que acontecerá a seguir a essa fase da guerra.

Esta semana o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, encontra-se em Washington e, após um encontro hoje com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai avistar-se na terça-feira com o secretário de Defesa, Lloyd Austin.

A guerra na Faixa de Gaza foi iniciada com o ataque sem precedentes que o grupo islamita palestiniano Hamas realizou em solo israelita em 07 de outubro de 2023, deixando quase 1.200 mortos e levando mais de 200 reféns.

O Exército israelita anunciou hoje a morte de um soldado beduíno, morto em 07 de outubro durante o ataque do Hamas e cujo corpo foi levado para a Faixa de Gaza.

Até agora presumivelmente refém do Hamas, o sargento-mor Mohammad Alatrash, de 39 anos da aldeia de Moulada (sul de Israel), “tombou em combate e depois foi mantido refém por uma organização terrorista”, declarou o Exército em comunicado.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 37 mil mortos, na maioria civis, num desastre humanitário que desestabilizou toda a região.

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