“Os pontos de passagem fechados devem reabrir, é inaceitável que estejam fechados”, disse Karine Jean-Pierre, referindo que Kerem Shalom deverá ficar novamente operacional na quarta-feira.

O Exército israelita posicionou hoje tanques na terça-feira na região de Rafah e assumiu o controlo da passagem da fronteira com o Egito, como medidas anteriores à sua já anunciada decisão de invadir esta parte do enclave palestiniano.

Sete meses após o início da guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas, Israel também disse ter enviado uma delegação ao Cairo para negociar com os mediadores uma proposta de trégua na Faixa de Gaza associada à libertação de reféns.

Ao contrário do Hamas, que já aceitou uma proposta apresentada pelo Egito e pelo Qatar, Israel considerou que os termos estão longe das suas exigências.

Hoje, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, voltou a instar Israel e o Hamas a “preencher as lacunas restantes” para chegarem a um acordo de cessar-fogo.

John Kirby não quis especificar quais eram as deficiências em questão.

Israel indicou aos Estados Unidos que a sua operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, era “limitada” na sua escala e duração, e pretendia cortar o fornecimento de armas ao Hamas, segundo John Kirby.

O porta-voz reiterou que Washington continua a opor-se a uma ofensiva terrestre em grande escala em Rafah e pediu igualmente que a passagem de ajuda humanitária na fronteira egípcia seja reaberta “o mais rapidamente possível”.

Várias vozes na comunidade internacional, no mundo árabe e no Ocidente, incluindo o Presidente norte-americano, Joe Biden, têm pedido insistentemente a Israel para suspender os seus planos para Rafah, alertando para a grave crise humanitária que se vive na região.

O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro, que matou quase 1.200 pessoas, com Israel a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo balanços das duas partes.

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