“A carga a transbordar no porto não contém armas militares ou munições”, indicou o grupo de negócios dinamarquês Maersk, em comunicado.

 

Dois dias antes, em resposta ao jornal El País, o Governo de Espanha explicou que este navio porta-contentores, bem como outro também pertencente à Maersk e que deverá atracar no final do mês, “não fará escala em Espanha” devido, segundo a imprensa, à presença de armas israelitas na sua carga.

Desde a primavera deste ano, Espanha tem tentado reunir outras capitais europeias em torno da ideia do reconhecimento em breve de um Estado palestiniano, recusa a permissão para atracar nos seus portos aos navios que transportam uma carga de armas com destino a Israel.

“Para esclarecer futuras operações, consultámos as autoridades espanholas para perceber porque foi recusada a entrada de uma carga que não é diferente das cargas anteriores”, disse a transportadora Maersk, referindo que a carga não foi inspecionada.

“Entendemos que Espanha alterou os seus critérios de forma discricionária e está agora a recusar navios que transportem qualquer coisa relacionada com o exército de ou para Israel, mesmo que essa carga seja legal”, lamentou.

Espanha, que suspendeu as vendas de armas a Israel, é uma das vozes europeias mais críticas em relação à ofensiva israelita em Gaza.

O Maersk Denver foi desviado para Tânger, em Marrocos. Segundo o ‘site’ especializado VesselFinder, a embarcação está a caminho de Omã, na Península Arábica.

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