“Fiquei chocada com o esfaqueamento em Zurique. Os meus pensamentos estão com o homem ferido e com os nossos concidadãos judeus”, escreveu a chefe de Estado na rede social X (antigo Twitter).

O homem de 50 anos ficou gravemente ferido no ataque, que ocorreu na maior cidade da Suíça.

O autor, que a polícia deteve no local, é um adolescente “de 15 anos, de nacionalidade suíça e de origem tunisina”, precisou o departamento do Ministério Público que lida com menores.

O jovem fez um vídeo de reivindicação do ataque, falando em árabe e jurando lealdade ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), confirmou o chefe da polícia cantonal de Zurique, Mario Fehr, numa conferência de imprensa, segundo a agência de notícias Keystone-ATS.

No vídeo, que será adicionado ao processo como prova da acusação, o adolescente apela para uma “luta global contra os judeus”.

A Fundação contra o Racismo e o Antissemitismo (GRA) condenou o ataque, afirmando que testemunhas ouviram o agressor gritar “palavras de ordem antissemitas que sugerem um crime de ódio”.

No domingo, manifestantes concentraram-se no bairro do distrito 2 onde ocorreu o ataque e marcharam até à Helvetiaplatz, no centro de Zurique, para ali fazerem uma vigília.

Alguns levavam guarda-chuvas amarelos, simbolizando a luta contra o antissemitismo.

Na sequência do ataque, a polícia anunciou o reforço dos dispositivos de segurança em torno das instituições judaicas, como “medida de precaução”.

“Não se trata de um caso isolado”, declarou a GRA em comunicado, precisando que “desde a escalada do conflito no Médio Oriente, os incidentes antissemitas na Suíça subiram em flecha”.

Os ataques antissemitas e islamófobos têm vindo a aumentar em muitos países desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro de 2023.

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