Erdogan, que enfrenta críticas crescentes pelas tentativas de integrar o seu país nestas organizações, sublinhou em declarações aos jornalistas turcos, após o regresso da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, que o interesse da Turquia nestes grupos é acima de tudo económico.

 

“Ser um país da NATO não significa cortar os nossos laços com o mundo turco e o mundo islâmico. Os BRICS [acrónimo dos cinco primeiros membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e a ASEAN [Associação das Nações do Sudeste Asiático] são estruturas que nos oferecem oportunidades, especialmente para desenvolver a cooperação económica”, frisou Erdogan.

“Fazer parte destas organizações não significa abandonar a NATO. Não vemos estas alianças e colaborações como alternativas entre si”, acrescentou.

Para Erdogan, os mesmos que dizem para a Turquia não aderir aos BRICS ou a outras organizações semelhantes, são os mesmos que mantêm o país “à espera às portas da União Europeia (UE) durante anos”.

“Não podemos determinar o nosso futuro com base nas suas opiniões”, destacou, numa referência às críticas europeias.

A Turquia, que é um país candidato à adesão à UE, solicitou no início de setembro a adesão ao grupo BRICS, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como Arábia Saudita, Egito, Estados Unidos Emirados Árabes Unidos, Irão e Etiópia, que aderiram no início deste ano.

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