Um grupo de cientistas está a testar um medicamento inspirado no veneno de aranha que poderá ser uma peça essencial para reverter danos nos tecidos causados por enfartes. O estudo foi recentemente publicado no European Heart Journal.

 

Os investigadores recorreram a uma molécula designada Hi1a. Esta proteína imita a que é produzida pelas aranhas australianas (aranha-teia-de-funil).

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Na prática, o que faz é bloquear os canais iónicos sensíveis ao ácido (conhecidos como ASIC1a), que assumem um importante papel durante um enfarte, como adianta a LiveScience. Explica ainda que, no momento em que as células do músculo cardíaco deixam de receber oxigénio devido à interrupção do fluxo sanguíneo, esses canais abrem-se. Isso, por sua vez, permite a entrada de moléculas carregadas que tornam o tecido ácido, resultando na morte celular.

A fase de testes clínicos deverá arrancar no verão do próximo ano na Austrália. Inicialmente, a intenção era utilizar o medicamento em contexto hospital. Porém, o objetivo a longo prazo é que os próprios socorristas possam administrar o fármaco.

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