Um rapaz que foi sequestrado em Oakland, na Califórnia, em 1951, foi encontrado mais de 70 anos após o seu desaparecimento.

 

Luis Armando Albino tinha seis anos quando uma mulher o raptou de um parque na cidade californiana, enquanto brincava com o irmão mais velho.

A mulher prometeu à criança que lhe compraria um rebuçado e, de seguida, levou-o para a Costa Leste, onde um casal o criou como se fosse o seu filho.

Agora, graças a recortes de jornais e fotografias antigas, combinadas com um teste de ADN, foi possível resolver este desaparecimento, mais de sete décadas depois.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a sobrinha de Albino, Alida Alequin, conseguiu localizá-lo na Costa Leste dos Estados Unidos, com a ajuda da polícia, do FBI e do Departamento de Justiça.

Em 2020, por um mero acaso, Alequin quis fazer um teste de ADN online e os resultados deram uma correspondência de 22% com um homem desconhecido, que viria a descobrir-se que era o seu tio.

No início de 2024, depois de investigar jornais e fotografias antigas, e de algumas investigações falhadas, Alequin contactou a polícia e, com estas novas provas em mãos, fez com que o caso fosse reaberto, acrescentando uma amostra de ADN da sua mãe, irmã de Albino. Do outro lado do país, o homem deu uma amostra do seu próprio ADN e, a 20 de junho, confirmou-se a sua identidade.

O reencontro aconteceu em Oakland, a 24 de junho, quando os familiares – incluindo o irmão de Albino, que o tinha visto pela última vez no dia do sequestro – finalmente se puderam ver cara a cara. “Agarraram-se e deram um abraço bem apertado e longo. Sentaram-se e falaram”, disse Alequin.

Seguidamente, Albino regressou à Costa Leste, visitando mais uma vez a Califórnia, em julho, durante três semanas. Foi a última vez que viu o irmão, Roger, que morreu em agosto.

Artigos do jornal local Oakland Tribune da época relatam como a polícia, soldados de uma base militar local, a Guarda Costeira e outros funcionários da cidade se juntaram para realizar buscas de grandes dimensões pelo rapaz desaparecido. O seu irmão, Roger Albino, foi interrogado várias vezes, mantendo sempre a versão original da história: uma mulher com uma bandana na cabeça tinha levado o irmão.

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