Um mês após a nomeação do seu colega sefardita, o grande rabino David Yossef, Kalman Ber foi eleito com 77 votos contra 58 do seu adversário Micha Halevi.

 

Orador popular, o rabino Ber foi apoiado pelos ultraortodoxos, mas também pelos rabinos do movimento religioso sionista.

Oriundo de uma longa linhagem rabínica, Kalman Ber, que ao contrário do seu colega sefardita serviu no Exército israelita, é rabino da cidade de Netanya (centro) há dez anos.

Em plena guerra há mais de um ano, Israel vive uma crise social em torno da questão do recrutamento para os judeus ultraortodoxos, que beneficiam de uma isenção para os alunos das escolas talmúdicas, enquanto o Exército carece de soldados para combater o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza e contra o Hezbollah libanês na fronteira norte.

O Rabino Ber não falou publicamente sobre a nomeação.

Os dois grande rabinos de Israel são eleitos por dez anos por um colégio composto este ano por 140 pessoas, metade rabinos e metade autoridades eleitas, como deputados ou presidentes de câmara.

Cada um deles está à frente de uma administração composta por funcionários religiosos que têm uma influência decisiva no estatuto pessoal dos judeus israelitas, num país onde a separação entre o Estado e a religião não existe.

Os judeus não podem casar ou divorciar-se sem passar pelos rabinos e para que o casamento seja reconhecido, o casal de noivos deve apresentar provas de que são judeus perante um tribunal rabínico.

Este monopólio do estado civil empurra milhares de israelitas seculares ou aqueles que não conseguem fornecer provas suficientes do seu judaísmo a casar civilmente no estrangeiro, sendo a sua união então reconhecida pelo Ministério do Interior.

O rabinato emite ainda certificados de conversão ao judaísmo e de kashrut, atestando que a comida servida nos restaurantes, cantinas e os produtos alimentares vendidos nas lojas respeitam os requisitos dietéticos previstos na lei judaica.

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