Durante uma reunião no Cairo, al-Sisi e Blinken abordaram “os desenvolvimentos no panorama regional, e o Presidente egípcio assegurou que o seu país tudo fará para evitar uma escalada do conflito, pedindo a todas as partes para assumirem responsabilidades.

 

O líder egípcio analisou com o chefe da diplomacia norte-americana — o principal aliado de Israel e o seu principal fornecedor de armas — formas de reforçar o trabalho conjunto entre o Egito, os EUA e o Qatar — mediadores na guerra em Gaza — para “continuar com as negociações de cessar-fogo, a troca de reféns e prisioneiros e a facilitação da entrada de ajuda humanitária”, de acordo com um comunicado divulgado no final da reunião.

Al-Sisi lembrou ainda a Blinken que uma “intervenção decisiva” é uma prioridade para “remover os obstáculos à entrada de largas quantidades de ajuda ao povo de Gaza, que sofre uma catástrofe sanitária”.

Alguns dos poucos camiões que entram agora no enclave palestiniano — desde que a passagem de Rafah foi encerrada, após Israel ter ocupado o lado palestiniano da passagem, em maio passado — são mandados voltar depois de terem sido inspecionados por Israel, que tem rejeitado a entrada de alguns produtos.

Esta situação foi também denunciada pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que visitou a passagem de Rafah na semana passada e foi surpreendido pelos mais de mil camiões à espera para entrar no enclave.

Nesta sua viagem, o secretário de Estado norte-americano mostra-se empenhado em “reforçar os esforços em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza que garanta a libertação de todos os reféns, que alivie o sofrimento do povo palestiniano”, segundo o Departamento de Estado.

Nesta viagem, Blinken irá iniciar formalmente o Diálogo Estratégico Egito-Estados Unidos, no qual ambos os países procuram reforçar as suas relações bilaterais, dias depois de Washington ter concedido ao seu aliado árabe uma avultada verba em ajuda militar.

A visita do chefe da diplomacia norte-americana acontece um dia depois de um severo ciberataque simultâneo — atribuído a Israel — que teve como alvo ‘pagers’ transportados por membros do grupo xiita Hezbollah, resultando na morte de pelo menos nove pessoas.

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