“Durante 30 anos, a ASA teve o privilégio de publicar os livros de Paul Auster. O escritor nunca deixou de se dedicar totalmente à sua arte, nunca deixou de surpreender, atraindo-nos sempre intensamente para os seus mundos inventados e inimitáveis”, afirmou Carmen Serrano, editora da obra do romancista norte-americano em Portugal.

Entre a obra de Paul Auster, a editora Carmen Serrano disse que livros como “A Trilogia de Nova Iorque”, “4321” ou “Baumgartner”, desafiaram milhões de leitores e derrubaram barreiras linguísticas e culturais em todo o mundo.

O romancista norte-americano Paul Auster morreu na terça-feira aos 77 anos, na sua casa em Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão.

“A notícia da sua morte abala todos os que trabalharam mais de perto com Paul Auster, assim como todos os leitores, fãs e admiradores da sua obra”, indicou a editora LeYa/ASA.

De acordo com a editora da obra de Paul Auster em Portugal, a voz do romancista norte-americano “é única” e “a sua obra perdurará”.

Em declarações à agência Lusa, Carmen Serrano manifestou tristeza com a morte de Paul Auster e realçou o privilégio de conhecer o homem além do escritor, indicando que o norte-americano visitava com alguma frequência Portugal e os seus livros são dos mais vendidos.

“Culto, sempre interessado e aberto ao mundo, muito amigo da sua mulher Siri Hustved, Paul Auster era um homem gentil. A sua relação com Portugal foi forte e constante, acarinhou-nos e foi acarinhado de volta, são muitas as boas recordações que nos deixa”, reforçou a editora.

Com destaque na literatura contemporânea, galardoado com inúmeros prémios literários, Paul Auster é autor de uma vasta obra traduzida em mais de 40 línguas.

Em Portugal, conta com 27 livros publicados e “o último ingresso do escritor na ficção ocorreu em outubro de 2023 quando, no auge da sua mestria criativa e estilística, publicou ‘Baumgartner’, o seu derradeiro romance”, referiu a LeYa/ASA, adiantando que se trata de uma obra fulgurante sobre a beleza e a tragédia da vida quotidiana, que conta a história de um professor de filosofia viúvo, a lutar para sobreviver à perda e à ausência da sua mulher.

Nascido no seio de uma família judia de ascendência austríaca, em 1947, em Newark (Nova Jérsia), Paul Auster faria mais tarde de Brooklyn a sua casa e cenário de romances, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990.

Foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura 2006, feito Comendador da Ordem das Artes e das Letras de França em 2007 e é membro da Academia Americana de Artes e Letras e da Academia Americana de Artes e Ciências.

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