O cabaz alimentar, com 63 bens essenciais, custava, a 10 de maio, 222,86 euros, um aumento de 7,55% ou de 15,65 euros face ao mesmo período do ano passado, quando a fatura era de 207,21 euros, segundo um artigo publicado esta quinta-feira pela Deco Proteste.
E, nalguns produtos, a subida dos preços superou os 60% ao longo dos últimos 12 meses. “É o caso da polpa de tomate, que aumentou 76% e custa agora 1,45 euros, ou seja, mais 63 cêntimos do que no período homólogo. A cebola aumentou 68% para 1,74 euros por quilo, mais 70 cêntimos do que há um ano. A cenoura registou uma subida de 61% nos últimos 12 meses. Em maio de 2023 custa mais 47 cêntimos do que há um ano, ou seja, 1,24 euros por quilo. Já o arroz carolino aumentou 60% desde maio do ano passado e custa, atualmente, 2,08 euros, mais 78 cêntimos do que custava no período homólogo”, de acordo com a análise da Deco Proteste.
Já se compararmos o preço do cabaz alimentar na segunda semana de maio com o registado a 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, o aumento foi de 39,23 euros (mais 21,36%).
A Deco Proteste também comparou a fatura do cabaz desta semana, que se situou nos 222,86 euros, com a da anterior, e verificou uma ligeira subida de 25 cêntimos (mais 0,11%) face aos 222,62 euros registados antes. Recorde-se que, neste período, já se encontra em vigor o IVA zero para um conjunto de 46 produtos essenciais, medida que arrancou a 18 de abril e deverá terminar no final de outubro.
Por isso, a Deco Proteste salienta que, “depois de várias semanas consecutivas a registar descidas de preço, o cabaz de bens alimentares essenciais” voltou a ficar mais caro, mesmo com a isenção do IVA.
Ainda assim, é preciso notar que o cabaz da Deco é mais abrangente do que o do IVA zero, uma vez que engloba um total de 63 bens, mais 17 do que os que foram incluídos na medida do governo, e inclui, por exemplo, douradinhos de peixe ou feijão e grão em lata que estão fora da isenção.
A contribuir para o agravamento do custo do cabaz na última semana, entre 3 e 10 de maio, estão, nomeadamente, os brócolos, cujo preço subiu 13% para 2,71 euros/kg, a perca, que custa agora 11,49 euros/kg, mais 9%, ou os cereais integrais que aumentaram 8% para 3,50 euros, realça a Deco Proteste.
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