Chega aos concessionários em janeiro e promete causar mossa no segmento C. O novo Peugeot 408, com uma carroçaria do tipo fastback e um porte próximo de um SUV, aposta em linhas angulosas, que lhe dão um ar agressivo. Não haverá motorização diesel e o 100% elétrico chega em 2024.
Não sendo uma denominação nova na marca francesa (foi, até 2019, o substituto do 307 na América do Sul, Rússia e China e Malásia), o 408 procura um espaço próprio no segmento C, propondo um design diferenciador, a meio caminho entre um SUV e um coupé, uma altura ao solo de 19 cm e aumento geral da qualidade dos materiais usados no interior a na sua montagem.
Com 4,69 metros de comprimento e uma distância entre eixos de 2,78 metros, ninguém se pode queixar de falta de espaço, em particular quem viaja atrás, que apenas tem de ter em atenção a linha descendente do tejadilho para não bater com a cabeça. Mas já vimos pior.
A capacidade da bagageira varia entre os 471 litros da versão híbrida plug-in (que baixa para os 454 com o sistema de som da Focal) e os 536 do modelo com motor a gasolina, valores que podem atingir um máximo de 15445 e 1611, respetivamente, com os bancos traseiros rebatidos.
A gama está estruturada em três versões – Allure, Allure Pack e GT -, seis cores, quatro modelos de jantes, que vão das 17 às 20 polegadas e quatro tipos de estofos (tecido Fractil/ couro PVC; tri-material tecido Fraxx Knit/couro PVC / Alcantara®; couro Napa Preto Mistral; e couro Napa Azul Naboo).
Sem a opção Diesel, a Peugeot equipou o 408 com um motor a gasolina 1.2 Pure Tech, com 130 cavalos, e motorizações híbridas plug-in, com 180 e 225 cavalos, usando todas uma caixa de velocidades automática de oito relações.
Tempos de carregamento
A bateria de iões de lítio em ambas as versões híbridas plug-in tem uma capacidade de 12,4 kWh e uma potência de 100 kW. estando disponíveis dois tipos de carregadores de bordo: um monofásico de 3,7 kW; e um monofásico de 7,4 kW, opcional.
Os tempos de carregamento estimados variam entre as 1.40 e 7.05 horas, sendo o primeiro valor atingido com uma wallbox de 7,4 kW (32 A) e com o carregador monofásico de 7,4 kW.
Através de uma tomada reforçada (16 A) e com o carregador monofásico de 3,7 kW, a bateria estará totalmente carregada em 3 horas e 25 minutos.
Através de uma tomada padrão (8 A) e com o carregador de bordo monofásico 3,7 kW, o carregamento completo atinge-se ao fim de aproximadamente 7 horas e 5 minutos.
A bateria é protegida por uma garantia de oito anos ou 160 mil quilómetros.
Equipamento completo
O equipamento de série é bastante rico e mesmo a versão de entrada na gama, a Allure, tem ar condicionado automático bi-zona e Air Quality System, ligação mãos-livres, Mirror Screen sem fios, navegação conectada com touchscreen de 10” e i-Toggles virtuais (controles t táteis personalizáveis) e reconhecimento de voz natural.
Também de série são o alerta ativo de transposição involuntária de linha, comutação automática de luzes de máximos, Pack Safety Plus: Active Safety Brake controlado por câmara (na versão a gasolina), Pack Safety Plus + Drive Assist e Active Safety Brake controlado por câmara e radar mais Controle da velocudade de Cruzeiro Adaptativo com função Stop&Go (versão Plug-in Hybrid), para-brisas laminado e acústico, Peugeot i-Cockpit® com painel de instrumentos digital de 10″” personalizável, faróis Peugeot LED Technology, reconhecimento alargado de sinais de trânsito, (versão Plug-in Hybrid), Visio Park 1 (câmara de marcha-atrás) e sensores traseiros de estacionamento, Vidros laterais traseiros e óculo traseiro escurecidos.
Num curto ensaio no arredores de Barcelona, com a versão híbrida plug-in GT, a mais potente e com jantes de 20 polegadas, foi percetível o aumento geral da qualidade dos materiais e da montagem mas, igualmente, uma sofrível visibilidade traseira e a dificuldade em encontrar uma boa posição de condução.
Regular o pequeno volante, com boa pega, não é tarefa fácil, pois para conseguirmos ver o painel de instrumentos tivemos de o regular numa posição muito baixa. Valeram os ajustes elétricos do banco, mas o compromisso encontrado não passou disso mesmo: um compromisso.
O comportamento em estradas de montanha revelou um carro muito equilibrado, que disfarça bem as suas dimensões, mas um pouco duro, fruto talvez do tamanho das jantes.
Apesar dos 225 cavalos, este 408 não é um desportivo e conduzimos a maior parte do tempo no modo “Hybride”, que nos parece ser o mais adequado à filosofia deste carro.
A Peugeot ainda não homologou a autonomia do 408, mas ficamo-nos pelos 38 quilómetros, uma valor aceitável tendo em atenção que os poucos quilómetros percorridos (cerca de 100) eram de estradas de montanha e autoestrada.
Os preços vão dos 35 880 euros (1.2 Pure Tech) no nível Allure, aos 50 150 euros da versão GT Plug-in Hybrid 225 cavalos. O híbrido mais barato custa 44 600 euros (Allure).