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Existem fatores de risco genéticos para desenvolver melanoma, no entanto, atitudes preventivas como o uso de protetor solar, óculos de sol e chapéus de abas largas aquando da exposição ao sol diminuem as probabilidades de desenvolver a doença.
De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde, as doenças oncológicas são a principal causa de morte prematura em Portugal, sendo que por cada três pessoas que nascem, duas morrem de cancro.
Uma dessas doenças é o melanoma, que somou 1.071 diagnósticos e 289 mortes em 2020. A prevenção é o primeiro passo para a redução destes números, mas só se faz com informação. Respondemos abaixo às questões mais frequentes.
O que é o melanoma?
O melanoma é o tipo de cancro de pele mais grave e representa quase 2% dos novos casos de cancro no mundo. Além do melanoma, são também o carcinoma baso-celular e o carcinoma espino-celular tipos de cancro de pele. Estes dois são mais prevalentes, mas menos graves.
Que tipos de melanoma existem?
Existem quatro tipos de melanoma, que se manifestam de formas diferentes: o de extensão superficial, o mais comum e que surge, normalmente, nas pernas ou braços; o nodular, que aparece sobretudo nas costas, no peito, na cabeça ou no pescoço com uma cor avermelhada, azulada ou negra e hemorragias frequentes; o lentigo maligno, que se desenvolve, maioritariamente, em peles mais maduras e nas partes do corpo que estiveram mais expostas ao sol, ao longo da vida; e o acral lentiginoso, o subtipo mais raro e que aparece nas mãos, pés e unhas, tendo uma maior prevalência em pessoas com um tom de pele mais escuro.
Quais os principais fatores de risco?
Entre os principais fatores de risco estão a exposição à luz ultravioleta (UV) e a idade. As pessoas com pele, cabelo ou os olhos claros devem ter uma atenção especial, assim como quem tem sardas ou sinais atípicos, isto é, grandes ou em maior quantidade. Ter histórico pessoal ou familiar também constitui um sinal de alerta, uma vez que o melanoma pode ser genético.
Como me posso proteger?
A melhor prevenção é o uso de protetor solar aquando da exposição a raios ultravioleta, de preferência com fator superior a 30. O uso de chapéu de abas largas também é aconselhado, assim como de óculos de sol e de roupas de malha ou de um tecido justo para bloqueio dos raios. É também importante permanecer na sombra, especialmente das 10h às 16h, período em que os raios UV têm maior intensidade.
A que sinais devo estar atento?
A regra ABCDE é uma orientação útil para monitorizar as alterações da pele, sendo que todos os sinais de alerta devem ser discutidos com um médico. Esta regra aplica-se às seguintes características dos sinais: assimetria, bordas, cor, dimensão e evolução destes fatores.
Existe tratamento para o melanoma?
A abordagem principal no tratamento do melanoma é a cirurgia (excisão do sinal) quando a doença é identificada precocemente. Contudo, considerando a alta taxa de recorrência de alguns melanomas, atualmente é recomendado fazer tratamento sistémico adjuvante, com recurso a imunoterapia ou terapêutica dirigida à mutação BRAF (quando aplicável), após cirurgia. Quando o melanoma é identificado em estádio avançado, com doença à distância (metástases), o tratamento passa por uma abordagem sistémica com imunoterapia ou terapêutica dirigida.
Não corra riscos, previna-se e proteja este que é o maior órgão do corpo humano.
Ref: João Abel Amaro. Melanoma. Em Maria José Passos. Melanoma 2013. 1 ed. Estoril. Manuel José Guedes da Silva. Lda; 2014: 26-29
PT-KEY-01322 05/2023
