A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) baixou para 9,6% em dezembro, face aos 9,9% de novembro, segundo a estimativa rápida avançada, nesta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, “tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,6% em dezembro, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à observada no mês anterior”.
Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos), terá registado uma variação de 7,3% em dezembro (7,2% no mês anterior), a taxa mais elevada desde dezembro de 1993.
A confirmar-se esta estimativa rápida do INE — os dados definitivos referentes ao IPC de dezembro serão divulgados em 11 de janeiro — trata-se da terceira descida da inflação em ano e meio, depois de agosto e novembro terem registado os únicos recuos da variação homóloga do IPC desde junho de 2021.
No mês de outubro, a taxa de inflação de 10,1% foi a mais alta desde maio de 1992.
De acordo com o instituto estatístico, em dezembro estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos tenha diminuído para 20,9% (taxa 3,8 pontos percentuais inferior ao mês anterior).
Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados “terá apresentado uma variação de 17,6% (18,4% em novembro), contrastando com a aceleração estimada nos produtos alimentares transformados, que terão registado uma variação de 17,5% (16,8% no mês precedente)”.
Em dezembro face ao mês anterior, a variação do IPC terá sido de -0,3% (0,3% em novembro e nula em dezembro de 2021).
Face a estes dados, o INE estima que, em 2022, a taxa de variação média tenha sido de 7,8% (7,3% nos 12 meses anteriores a novembro).
Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, terá registado uma variação homóloga de 9,8% em dezembro, que compara com 10,2% no mês anterior.