O SINTTAV anunciou a convocação de uma greve dos trabalhadores dos “contact centers” para os dias 30 e 31 de dezembro e entregou um pré-aviso de greve para 1 de janeiro, defendendo uma valorização salarial.
Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTTAV) justifica a greve com a luta por “salários compatíveis com o trabalho qualificado”, “horários a respeitar a conciliação com a vida pessoal e familiar”, pela “contratação coletiva a regular a sua carreira profissional e respetiva evolução salarial”.
O sindicato argumenta que “subsídios ou prémios não respondem à urgente valorização dos salários”, uma vez que “a dificuldade não está num dia ou num mês, está todos os dias do ano em cima de ano”.
“Para os muitos milhares de trabalhadores no setor dos ‘contact centers, nada mudou, continuam os contratos a prazo, os horários desregulados a não permitir conciliar a vida pessoal e familiar com a vida profissional, salários na generalidade fixados no mínimo a “pagar” trabalho altamente qualificado, profissão não reconhecida por falta de contratação coletiva, pressões, assédio, aumento de responsabilidades e ritmo de trabalho, agravado pelo aumento do custo de vida”, assinalam.
Além da greve para dia 30 e 31 de dezembro, o SINTTAV indica que já entregou no Ministério do Trabalho e às empresas um aviso prévio de greve ao trabalho suplementar, incluindo em dia feriado, durante todo o ano de 2023, aplicando-se já no dia 01 de janeiro.
Entre as várias empresas abrangidas pela greve contam-se a Adecco Recursos Humanos e prestação de serviços, grupo Egor, Manpower Portugal, Randstad Recursos Humanos ou a Teleperformance, entre outras.