A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, criticou, esta quarta-feira, a indicação de Maria Luís Albuquerque por parte do Governo para a Comissão Europeia.

 

Recorde-se que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs a pasta dos Serviços Financeiros e da União da Poupança e do Investimento para a antiga ministra das Finanças.

No Parlamento, Mariana Mortágua criticou, mais uma vez, a escolha do Executivo. 

“Começou ontem o julgamento do caso BES e a figura que o primeiro-ministro indiciou foi a ministra que jurou que o BES não teria impacto nas contas públicas portuguesas enquanto assinava um cheque de 3.9 mil milhões de dinheiro dos contribuintes”, reforçou a bloquista, já depois de as críticas terem surgido quando o nome foi indicado, em agosto.

Foi a ministra que fez a resolução do Banif e foi trabalhar para fundos de investimento que compravam ativos tóxicos criados durante a crise com a mesma austeridade que essa ministra tinha imposto ao país. E do mesmo Banif que tinha feito a resolução. E depois ainda conseguiu um lugar na Banca Internacional, com quem tinha negociado ‘swaps’ ruinosos para o Estado português”, continuou, referindo ainda: “O sr. primeiro-ministro indicou uma representante da finança internacional para comissária europeia e Portugal tem agora esta mancha no currículo, ter Maria Luís Albuquerque a determinar os destinos da política financeira na Europa”.

Maria Luís Albuquerque, escolhida pelo Governo português para comissária europeia, foi ministra de Estado e das Finanças de Passos Coelho no período da ‘troika’, crítica da direção de Rui Rio e integra atualmente o Conselho Nacional do PSD.

Lusa | 13:50 – 28/08/2024

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