Presente, em Bruxelas, para conhecer o plano da Vitória apresentado por Volodymyr Zelensky,  Nuno Melo falou hoje aos jornalistas para dar a sua visão sobre a apresentação do presidente ucraniano e para falar também das Forças Armadas portuguesas.

 

O ministro da Defesa português começou por lembrar que a “posição portuguesa é sempre no contexto da NATO e aliada com os nossos aliados”.

Assim, lembrou que “uma vitória da Rússia sobre a Ucrânia significa a derrota das democracias e Portugal está empenhado na vitória da Ucrânia”.

Ainda nesta senda, referiu que o país já investiu 134,4 milhões de euros no país em guerra e que o compromisso é de 221,6 milhões “que cumpriremos até ao final do ano, e que passará por conjunto de equipamentos e outras possibilidades.

“Refiro-me a helicópteros, a ‘drones’ [veículos aéreas sem tripulação], ao recurso à nossa indústria, nomeadamente a indústria têxtil, ações de treino em todas as áreas. Tudo conjugado, no final, atingiremos esse valor”, indicou.

Depois disto, Nuno Melo decidiu focar-se no caso português referindo que quer que 2% do PIB seja investido da Defesa nacional e depois disso fez um balanço sobre a adesão às Forças Armadas deixando uma crítica ao anterior governo socialista.

Segundo o ministro, depois de uma perda de efetivo nas Forças Armadas, registadas desde 2015, altura em que António Costa tomou posse, e havia um efetivo de 30 mil pessoas, nota-se agora uma inversão desta situação.

“Quando tomei posse eram 22 mil efetivos, mas já notamos uma inversão da tendência nos três ramos das Forças Armadas. No exército, houve mais 300 candidaturas do que no ano passado, na Força Aérea também há mais candidaturas que nos últimos dois anos e na Marinha há um balanço positivo das saídas e entradas no ramo”, disse.

“O caminho de dignificação das forças armadas já está a dar sinais”, rematou.

Recorde-se que esta tem sido uma das bandeiras de Nuno Melo que ainda recentemente se mostrara descontente com o facto de os jovens não terem contacto coma  realidade da vida militar.

“Oque não é para mim aceitável é que a maior parte dos jovens tenham o seu primeiro contacto com a realidade da Defesa e das Forças Armadas no Dia da Defesa Nacional, quando já são bem crescidos. O contacto da população com a realidade da Defesa e das Forças Armadas deve acontecer ao longo da vida”, defendeu o ministro, no início desta semana, na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação para a implementação do ‘Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz’.

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