O V. Guimarães votou a favor da norma que prevê que treinadores que tenham estado na subida de uma equipa à Liga possam manter-se inscritos como principais na época seguinte, mesmo sem as habilitações necessários, e num segundo ano, desde que comprovem estar a frequentar o curso de Grau IV, mas lamentou a insensibilidade da Liga e da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) para com a situação de Moreno Teixeira, que comanda os vitorianos.
A norma ratificada pelos clubes voltará a aplicar-se em 2023/2024 a Luís Freire (Rio Ave) e Filipe Martins (Casa Pia), caso continuem à frente dos mesmos clubes, por estarem já a frequentar o curso de Grau IV, mas o V. Guimarães lamenta que Moreno Teixeira não possa beneficiar da mesma por não estar associado a uma subida de divisão, uma vez que também está a frequentar o nível IV.
O clube vimaranense lembra que o treinador, que teve uma carreira de jogador ao mais alto nível, trabalhando com técnicos de grande valia, está claramento ligado a uma época amplamente positiva do Vitória de Guimarães, que culminou com o apuramento do clube para uma prova da UEFA e o lançamento de muitos jovens jogadores.
É por isso mesmo que o Vitória se manifesta “profundamente indignado com a falta de sensibilidade da Liga e da ANTF” em relação a Moreno Teixeira. “O Vitória regista e lamenta este estranho tratamento discriminatório dos órgãos que gerem o futebol português e não vai desistir de denunciar e de se bater contra este tipo de injustiças, na esperança de que impere, de vez, o bom-senso”, sublinha o clube minhoto, reforçando que será “sempre a favor da aprovação de normas que facilitem a vida aos profissionais de futebol, nomeadamente aos treinadores portugueses”.